Trechos extraídos de uma colouna escrita pelo meu professor de Sociologia da Comunicação, Lejeune Mato Grosso, no dia 20 de julho:
"Pelo menos até a última quarta-feira, dia 19 de julho, mais de trezentos civis libaneses, incluindo ai pelo menos sete brasileiros que lá se encontravam em férias, foram mortos vítimas de bombardeios aéreos, tiros de tanques e de artilharia pesada, estacionada na fronteira norte israelense ... Infelizmente, o Conselho de Segurança das Nações Unidas não deverá dar uma solução para esse problema das agressões de Israel contra a população civil do Líbano, contra os palestinos de Gaza e as ameaças à Síria. Não só porque não há uma unidade e um consenso entre os seus 15 membros, mas pelo fato que os Estados Unidos protegem e apóiam todas as ações adotadas por Israel. Este governo Bush, em particular, vem dando sucessivos passos atrás, na política externa americana. Não que ela fosse algo progressista nos anos Clinton, mas acordos de paz incentivados e patrocinados pelo governo americano, cariam por terra, retrocederam e agora, o apoio praticamente explícito é ao unilateralismo de Israel, que sistematicamente se recusa a negociar com a liderança palestina, tomando decisões unilaterais, como se isso fosse resolver os problemas. Não vai. Ao contrário, o impasse persistirá. Nenhuma resolução será proposta pelos países centrais, pois se esta não beneficiar Israel, será vetada pelos Estados Unidos. Não há clima, nem força política das nações, para que Israel seja energicamente condenada pelos crimes e as barbaridades que vem cometendo contra a população civil. E o que é mais grave nisso tudo é que a mídia grande, dá tratamento como se fossem, no conflito em tela, “duas partes” ou “dois lados” em pé de igualdade. De um lado, temos os militantes usando pequenos foguetes “Katiusha”, fuzis AK-47 e mesmo pedras e fundas. De outro, os aviões mais modernos, os mísseis mais “inteligentes”, os soldados mais bem treinados, os tanques mais poderosos, capazes de disparar projéteis de até 120 mm à distância de quilômetros."
Isso só pra dar um tapa na cara de quem pensava que Israel está se defendendo de terroristas ou tentando resgatar soldados. Trata-se de retaliação mesmo. Raiva desenfreada sobre ideologia de ocupação e demonstração de poder. Desde que os israelenses receberam apoio dos EUA depois da segunda guerra, eles tem causado inúmeros ataques a territórios palestinos para ocupação, quebraram todos os tratados de paz que assinaram e ultrapassaram todas as demarcações de territórios.
Os palestinos por sua vez começaram a reagir se dividindo em dois grupos, o Fatah (Frente de Libertação da Palestina) era liderado pelo falecido presidente Yasser Arafat e sempre clamou por negociações de paz, e o Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) que entrou agora no poder por maioria de votos em processo democrático, que sempre clamou pela guerrilha como meio de se defender. Infelizmente as grandes potências e meios de comunicação insistem em chamar os dois grupos (lê-se partidos políticos) de terroristas e aceitam todas as merdas que Israel faz contra pobres palestinos porque estão ajudando na guerra contra o terror, campanha lançada pelo Bush.
Agora eles atacando o Hizbollah (Partido de Deus) no Líbano. Isso porque também acham que o Hizbollah é um grupo terrorista. A questão é que todos fazem ataques contra Israel pois estão em guerra, apesar de não declarada. Porém é Israel quem está pregando o terror, usando mísseis, tanques e aviões, contra meia dúzia de homens-bomba. Pra cada Israelense morto já foram 30 libaneses. E o EUA, país democrático , diz que é a favor do cessar fogo desde que o Hizbollah pare com suas atividades, coincidentemente o mesmo que Israel quer, em outras palavras cessar fogo quando Israel vencer a Guerra.
E tem gente que pensa que terrorista usa turbante.
Para saber mais sobre o conflito no Oriente Médio
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=0&ex=col&codigo=73&pagina=2
Originalmente publicado em http://fotolog.terra.com.br/verbo1:4 - 29/07/2006 16:29
"Pelo menos até a última quarta-feira, dia 19 de julho, mais de trezentos civis libaneses, incluindo ai pelo menos sete brasileiros que lá se encontravam em férias, foram mortos vítimas de bombardeios aéreos, tiros de tanques e de artilharia pesada, estacionada na fronteira norte israelense ... Infelizmente, o Conselho de Segurança das Nações Unidas não deverá dar uma solução para esse problema das agressões de Israel contra a população civil do Líbano, contra os palestinos de Gaza e as ameaças à Síria. Não só porque não há uma unidade e um consenso entre os seus 15 membros, mas pelo fato que os Estados Unidos protegem e apóiam todas as ações adotadas por Israel. Este governo Bush, em particular, vem dando sucessivos passos atrás, na política externa americana. Não que ela fosse algo progressista nos anos Clinton, mas acordos de paz incentivados e patrocinados pelo governo americano, cariam por terra, retrocederam e agora, o apoio praticamente explícito é ao unilateralismo de Israel, que sistematicamente se recusa a negociar com a liderança palestina, tomando decisões unilaterais, como se isso fosse resolver os problemas. Não vai. Ao contrário, o impasse persistirá. Nenhuma resolução será proposta pelos países centrais, pois se esta não beneficiar Israel, será vetada pelos Estados Unidos. Não há clima, nem força política das nações, para que Israel seja energicamente condenada pelos crimes e as barbaridades que vem cometendo contra a população civil. E o que é mais grave nisso tudo é que a mídia grande, dá tratamento como se fossem, no conflito em tela, “duas partes” ou “dois lados” em pé de igualdade. De um lado, temos os militantes usando pequenos foguetes “Katiusha”, fuzis AK-47 e mesmo pedras e fundas. De outro, os aviões mais modernos, os mísseis mais “inteligentes”, os soldados mais bem treinados, os tanques mais poderosos, capazes de disparar projéteis de até 120 mm à distância de quilômetros."
Isso só pra dar um tapa na cara de quem pensava que Israel está se defendendo de terroristas ou tentando resgatar soldados. Trata-se de retaliação mesmo. Raiva desenfreada sobre ideologia de ocupação e demonstração de poder. Desde que os israelenses receberam apoio dos EUA depois da segunda guerra, eles tem causado inúmeros ataques a territórios palestinos para ocupação, quebraram todos os tratados de paz que assinaram e ultrapassaram todas as demarcações de territórios.
Os palestinos por sua vez começaram a reagir se dividindo em dois grupos, o Fatah (Frente de Libertação da Palestina) era liderado pelo falecido presidente Yasser Arafat e sempre clamou por negociações de paz, e o Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) que entrou agora no poder por maioria de votos em processo democrático, que sempre clamou pela guerrilha como meio de se defender. Infelizmente as grandes potências e meios de comunicação insistem em chamar os dois grupos (lê-se partidos políticos) de terroristas e aceitam todas as merdas que Israel faz contra pobres palestinos porque estão ajudando na guerra contra o terror, campanha lançada pelo Bush.
Agora eles atacando o Hizbollah (Partido de Deus) no Líbano. Isso porque também acham que o Hizbollah é um grupo terrorista. A questão é que todos fazem ataques contra Israel pois estão em guerra, apesar de não declarada. Porém é Israel quem está pregando o terror, usando mísseis, tanques e aviões, contra meia dúzia de homens-bomba. Pra cada Israelense morto já foram 30 libaneses. E o EUA, país democrático , diz que é a favor do cessar fogo desde que o Hizbollah pare com suas atividades, coincidentemente o mesmo que Israel quer, em outras palavras cessar fogo quando Israel vencer a Guerra.
E tem gente que pensa que terrorista usa turbante.
Para saber mais sobre o conflito no Oriente Médio
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=0&ex=col&codigo=73&pagina=2
Originalmente publicado em http://fotolog.terra.com.br/verbo1:4 - 29/07/2006 16:29
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