sexta-feira, 17 de julho de 2015

Reflexões da manhã seguinte


Quem sabe sou eu realmente que não sou maduro ainda. Quem sabe dizer se alguma vez já fui. Acho que não. 

E no meio da minha escalada ao mundo adulto, continuo tentando resgatar minhas infantilidades só pra sentir de novo algo que nunca tive, que se tratava apenas de sonho, de um coração platônico. 

Por que esse sentimento, a essa altura do campeonato, vem me confundir? 

Por que depois de tanto tempo, depois de ter tantas certezas, eu faço a proeza de por tudo a perder? 

Arriscando minhas conquistas em nome do impalpável. Apostando a solidez em troca de um salto no escuro. 

Machucando quem eu amo simplesmente por eu não conseguir entender quem eu sou por completo. Ora, nem mesmo quem eu sou pela metade. E minha cara metade sofrendo com minhas meia palavras. 

33 anos. 

Ainda tenho muito o que aprender. Ainda me sinto apenas uma criança no meio de gigantes. Todos adultos, todos amigos, todos bem resolvidos. E eu preso na inocência eterna do romântico que sou. 

Sou criança ainda, perdido no tempo. 

Por quanto tempo?

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Aos 33 anos

Quem sou eu que repete as mesmas ações o tempo todo? Quem sou eu que me apaixono por qualquer uma e sofro depois pelo coito não concebido? Ou pior, quando justo você, meu amigo, que tanto quero comigo, não permite nem ao menos invejar o relacionamento recém adquirido já quem ambos são pra mim tão queridos.

Me sinto com 20 anos novamente. Na data dos meus 33. Minha chamada amada, nem uma telefonada. Por que, me pergunto, por que? É injusto da minha parte esperar que ao menos hoje a preferência seja minha?

Se por todos os lados, as pessoas, só abraços. Um carinho que há anos não recebia... De tantas formas e de tantos braços, o amor que eu merecia.


Quais serão os mistérios reservados no meu futuro? Quem serei eu quando conquistar meus objetivos. 
Esse talvez não seria um deles? Ser amado por alguém. Um outro alguém.

Alguém como você, que me aparece 10 anos mais velha, mulher, cheia de si, de sensualidade. Capaz de despertar em mim algo que há tanto tempo eu não sentia. Ou se sentia, reprimia. E quando reprimia, parte de mim morria, mesmo sem saber.

Achando que estava amadurecendo... Com 33 anos e novamente platonizando o amor, as relações e as intenções.

Vontade lazarenta de jogar tudo pra cabeça e seguir em frente.

43 anos, ela tinha. E lá estava eu, mal a conhecendo, prestes a pedi-la em casamento.

Deveria ao menos ter pego seu telefone