domingo, 13 de março de 2011

Meu Amigo Pedro



"Vai pro seu trabalho todo dia

Sem saber se é bom ou se é ruim
Quando quer chorar vai ao banheiro
Pedro as coisas não são bem assim"

"Tente me ensinar das tuas coisas
Que a vida é séria, e a guerra é dura
Mas se não puder, cale essa boca, Pedro
E deixa eu viver minha loucura"

"Todos os caminhos são iguais
O que leva à glória ou à perdição
Há tantos caminhos tantas portas
Mas somente um tem coração"

Raul Seixas - Meu Amigo Pedro



É, meu amigo...

Aqui estamos nós, caminhando. Um ao lado do outro, mas por diferentes caminhos. A vida é uma coisa engraçada. Cada pessoa tem a sua, com seus próprios obstáculos, seus próprios prazeres, suas próprias vitórias. Mas, olhando de cima, todas são iguais. A minha é bem semelhante a sua. O que difere as duas são nossas escolhas.

Tudo depende da maneira como enxergamos as coisas que se apresentam em nossa jornada. Sentar embaixo de uma árvore, por exemplo, para muitos pode ser apenas descansar sob a sombra. Para Newton foi o insight necessário que o levou a descobrir a gravidade. Para Sidartha foi o caminho à iluminação que tranformou-o em Buda.

Então não é de se estranhar, meu amigo, que mesmo caminhando ao seu lado, eu veja as coisas de maneira diferente. Pois eu, como bem sabes, não tenho o costume de compartilhar o pensamento das multidões. Não gosto de pensar que só existe um jeito de enxergar as coisas e muito menos acreditar que essa é a maneira correta.

Creio com sinceridade que, mesmo que morra sem nunca ter sido compreendido, um dia a luz cairá sobre a cabeça dos homens. Um dia todos verão que a sociedade vive uma grande ilusão, que não é viável passar os dias cultivando dinheiro e sucesso quando os verdadeiros tesouros estão intrínsecos na alma humana. Essa sua eterna busca por futilidades, esse seu estranho prazer que dura tão pouco tempo, nunca satisfeito, nunca pleno... Não consigo entender.

Existem tantas outras coisas lá fora, ou melhor, existem tantas outras coisas aqui dentro... E me parece tão sem sentido gastar sua vida buscando tão pouco, que às vezes me dá vontade de abrir mão e deixar que o universo termine por ensinar-lhes a lição...

Mas não consigo.

Eu vou sempre continuar estendendo a mão. Eu vou sempre continuar desejando o melhor para todos. Mesmo quando me chamam de louco, mesmo quando questionam minha maneira de ver o mundo. Mesmo quando até mesmo você, meu amigo, duvida do meu caminho. Vou continuar fazendo favores sem esperar nada em troca, vou continuar consertando os pequenos erros que você insiste em deixar jogados na estrada. E principalmente, vou continuar perdoando os ignorantes, pois afinal, eles não sabem o que fazem.

Nossas vidas seriam tão mais fáceis se nos ajudássemos ao invés de usar uns aos outros como degrau. Essa sede por status, por poder, por dinheiro... Essa sina que todos nós carregamos, indefinidamente, para que não sejamos excluídos da sociedade, só deixa a própria sociedade cada vez mais próxima de sua auto-destruição.

Sinto raiva quando vejo consumo abusivo. Sinto raiva quando vejo exploração alheia. Sinto raiva quando um objeto tem mais valor do que uma vida. Sinto raiva quando vejo inúmeras pessoas sofrendo enquanto uns poucos donos do mundo se esbaldam às custas dos outros. Sinto muito raiva... E essa raiva me faz mal.

Sabe amigo, tenho muito apreço por você. Mas me dói saber que é esse caminho que você quer trilhar - ser dono do mundo. Sei que tem coração bom e sei que do seu jeito tem um senso de justiça. Mas a justiça dos homens não é igual para todos, infelizmente. E no fim, tudo passará e nada restará. E de que valerá todo esse sofrimento, quando poderíamos estar aqui, nesse exato momento, agindo como seres evoluidos. Respeitando uns aos outros, respeitando o planeta, respeitando a multipluralidade dos seres vivos.

Não sei ainda qual o motivo disso tudo, muito menos os porques da vida. Mas se de toda essa loucura, no meio dessa explosão caótica, eu puder ter apenas uma certeza, é de que não é porque o rio desce a colina que também devem descer os peixes. Eu vou rumo a nascente, eu nado contra a corrente. E se puder, de repente, levarei você comigo, meu amigo. Pra você ver como pode ser interessante seguir o meu caminho.

sábado, 5 de março de 2011

O bêbado longe de sua amada !!!

.
Lá vou eu de novo...
Bêbado, imundo... Poeta vagabundo
De um lado a garrafa de cachaça
Do outro um cachorro vira-lata

Nunca pude estar tão feliz

Mesmo longe de minha amada
Meu instinto é que me diz
Hoje a noite está estrelada
E o momento não é meretriz

Deve ser pensado
Como tudo, analisado
Pois boêmio de verdade
é filósofo e é feliz

No meu quarto eu mato a lara
Janta e almoço, na madrugada
Mas só penso na namorada
Que é pra quem meu mundo fiz

A rima é fraca
não lhe condeno
sei que da minha amada
os aplausos vem primeiro

hahaha !!!!



Amigo, lhe falo sério
Estou bêbado e sou sincero
Heloísa Kimura é minha mulher

Entre os malditos, não duvido
até mesmo o mais aflito
Estaria a seus pés

Baby... Meu Deus, como eu te amo
Mesmo caindo pelos cantos
Mesmo no telefone não ligando
Mesmo com a distância atrapalhando
Mesmo com o carnaval aí chegando
Mesmo com todo mundo duvidando
Mesmo com meus mariscos acabando
Mesmo com etcetereando...

A minha fé vai aumentado
Pq eu sinto que é você
Quem acabará com meu engano

É com você que eu quero viver

Te amo demais minha linda...

Demais mesmo...