sexta-feira, 17 de julho de 2015

Reflexões da manhã seguinte


Quem sabe sou eu realmente que não sou maduro ainda. Quem sabe dizer se alguma vez já fui. Acho que não. 

E no meio da minha escalada ao mundo adulto, continuo tentando resgatar minhas infantilidades só pra sentir de novo algo que nunca tive, que se tratava apenas de sonho, de um coração platônico. 

Por que esse sentimento, a essa altura do campeonato, vem me confundir? 

Por que depois de tanto tempo, depois de ter tantas certezas, eu faço a proeza de por tudo a perder? 

Arriscando minhas conquistas em nome do impalpável. Apostando a solidez em troca de um salto no escuro. 

Machucando quem eu amo simplesmente por eu não conseguir entender quem eu sou por completo. Ora, nem mesmo quem eu sou pela metade. E minha cara metade sofrendo com minhas meia palavras. 

33 anos. 

Ainda tenho muito o que aprender. Ainda me sinto apenas uma criança no meio de gigantes. Todos adultos, todos amigos, todos bem resolvidos. E eu preso na inocência eterna do romântico que sou. 

Sou criança ainda, perdido no tempo. 

Por quanto tempo?

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