Quem sou eu que repete as mesmas ações o tempo todo? Quem
sou eu que me apaixono por qualquer uma e sofro depois pelo coito não concebido?
Ou pior, quando justo você, meu amigo, que tanto quero comigo, não permite nem
ao menos invejar o relacionamento recém adquirido já quem ambos são pra mim tão
queridos.
Me sinto com 20 anos novamente. Na data dos meus 33. Minha
chamada amada, nem uma telefonada. Por que, me pergunto, por que? É injusto da
minha parte esperar que ao menos hoje a preferência seja minha?
Se por todos os lados, as pessoas, só abraços. Um carinho
que há anos não recebia... De tantas formas e de tantos braços, o amor que eu
merecia.
Só
Quais serão os mistérios reservados no meu futuro? Quem
serei eu quando conquistar meus objetivos.
Esse talvez não seria um deles? Ser
amado por alguém. Um outro alguém.
Alguém como você, que me aparece 10 anos mais velha, mulher,
cheia de si, de sensualidade. Capaz de despertar em mim algo que há tanto tempo
eu não sentia. Ou se sentia, reprimia. E quando reprimia, parte de mim morria,
mesmo sem saber.
Achando que estava amadurecendo... Com 33 anos e novamente
platonizando o amor, as relações e as intenções.
Vontade lazarenta de jogar tudo pra cabeça e seguir em
frente.
43 anos, ela tinha. E lá estava eu, mal a conhecendo,
prestes a pedi-la em casamento.
Deveria ao menos ter pego seu telefone
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