sexta-feira, 4 de setembro de 2009

POST INAUGURAL !!!


Há quanto tempo não escrevo. A cabeça lotada de trabalho. O bolso pedindo por dinheiro. A alma tão afastada da arte. E ainda assim a vida teima em continuar. Se esforçando. Quebrando as pedras no caminho.

Divagando sobre o nada eu prossigo. Como se esse post não fosse apenas uma súbita necessidade de escrever. Como se ele estivesse aqui para passar algo de importante. Balela.

Novo Blog, era necessário um novo Post. Um Post inaugural. Rufem os tambores, soem as trombetas. A trivialidade vai ser passada em palavras.

Posso ir longe. Posso ir além. Até aonde devo ir é uma pergunta que não cabe a mim, muito menos a você.

Sentado eu me calo. Grito pelo teclado. Frases curtas, de quem não te muito pra falar, pra dizer, pra declarar. Só mais uma cabeça solta pelo mundo. Se é que podemos chamar de solta uma cabeça com tantos paradigmas. A minha, claro. Sei lá como é a sua. A minha passa por uma fase estranha, mas não vim aqui falar dela.

Vim aqui para escrever. Não tinha foco, não tinha info, não tinha nada a não ser um motivo. O resultado está sendo impresso nesse papel virtual.

E qual o meu papel, então, frente a tudo isso? Qual é o sentido da paranóia? Se acredito no infinito, nas infinitas possibilidades, na sabedoria suprema, que motivo existiria para o universo esse meu divagar sobre o nada?

Motivo tem, ora. Não vamos ser ingênuos a ponto de pensar que isso não passa de perda de tempo, que não causa nenhuma reação no universo. O universo não é criança e sabe do que faz. Precisamos confiar nele. Devemos pensar que até o fato mais microscópico tem relevância no todo. Então como dizer que um texto sobre nada não tem relevância nenhuma. Pense em tudo que estou alterando na realidade nesse exato momento de minha escrita. Pense molecularmente. Pense energia.

Pra mim, em primeiro lugar é exercício. E vendo dessa forma, esse pode ter sido o primeiro passo para o grande momento vindouro. Ou talvez o centésimo passo. É tudo integrado.

Já o texto não tem necessidade de o ser. Não há nenhum comprometimento com métrica, linguagem, idéia central. Trata-se de escrever o que vem a mente, sem parar pra pensar nas palavras. Quase sem pensar nas palavras.

Pra que ler é uma pergunta interessante. Se você já percebeu que este texto não tem objetivo algum, que não vai desenvolver uma idéia nem levar o leitor a um final apoteótico, então por que ainda continua lendo? O que será que te atrai? O que será que te move?

É tão bom assim? É tão ruim assim? Ou você engole qualquer coisa mesmo e tanto faz? Vamos ! Diga ! É bom ou é ruim? Gostou ou não gostou? Por que?

O ser humano gosta de falar. Hoje em dia todo mundo tem que ter opinião formada. Falar das coisas. Julgar direito. Ter noção de valores. Que valores? Que valores?

É muita hipocrisia. É falar falar falar falar…

É só isso que o ser humano sabe fazer. Fala dos outros, fala de si, fala…

Com internet então, arranjou-se finalmente espaço para a profissão : palpiteiro.

E alguns outros, mais idiotas como eu, preferem ainda defender que existe um maneira certa de escrever, uma maneira que necessita de prática, de know how. E lá vou eu escrevendo de qualquer maneira, sem nem pensar, falando sobre o nada, e nem sei se você já descobriu se gostou mesmo do texto.

A verdade é que essas coisas não se descobre, como muitos dizem. Essas coisas se decide. Se escolhe.

Pra mim, é treino.

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